O desejo de ser mãe nasce no coração da mulher muito antes da gestação e por isso é tão difícil viver a experiência da infertilidade, quando as tentativas não dão o resultado que se espera e a gravidez não chega.
Aqui no CITI, eu e minha equipe trabalhamos especialmente no acolhimento dessas dores e medos que chegam quando a mulher, ou o casal, não sabe mais o que fazer para enfrentar obstáculos do caminho, que sem apoio pode ser muito solitário.
Antes de tudo, reconheça o seu sofrimento como válido e saiba que você não está sozinha. A frustração, o medo, a tristeza… tudo isso é parte do processo. E tudo bem não estar bem agora. O desejo de ser mãe é algo muito íntimo e, quando parece que o corpo não está respondendo, isso pode abalar a autoestima, os relacionamentos e até a fé no futuro.
Cuidado médico
Do ponto de vista médico, se você ainda não buscou a ajuda de um especialista em reprodução humana eu diria a você para não perder mais tempo. Muitas vezes existem causas específicas — hormonais, genéticas, anatômicas ou relacionadas ao parceiro — que podem ser investigadas com exames detalhados. Em alguns casos, tratamentos de fertilização ou intervenções simples, como coito programado, podem fazer a diferença.
Saúde mental
Cuidar da saúde mental é tão essencial quanto o cuidado físico. Se possível, procure um(a) psicólogo(a), especialmente alguém que tenha experiência com saúde da mulher ou reprodução humana. Aqui no CITI, contamos com o trabalho humanizado da psicóloga Sherly Komori.
A jornada da fertilidade pode gerar sentimentos de culpa, comparação com outras pessoas e até depressão. Ter um espaço seguro para falar sobre isso pode aliviar o peso e ajudar você a se reconectar com a sua essência.
Autocuidado não é mimimi
Também não se esqueça do autocuidado — não como uma obrigação, mas como uma forma de carinho com você mesma. Isso pode incluir uma alimentação equilibrada, momentos de descanso, práticas que tragam prazer (como meditação, arte, caminhadas, leitura), e cercar-se de pessoas que respeitem sua dor e saibam acolher, sem julgamentos.
Ser mãe não tem um único caminho. A maternidade pode acontecer de maneiras diferentes — e os tabus que envolvem essas escolhas também precisam ser trabalhados, conversados pelo casal e com apoio da equipe médica e de psicologia. O mais importante é você se sentir ouvida, cuidada e respeitada no seu tempo e nas suas escolhas.
Você merece apoio. Você merece acolhimento. E, seja qual for a forma, seu desejo de maternar é valioso e digno de todo cuidado. Assim como o sol aquece, ilumina, fortalece e nos lembra, todos os dias, que sempre há um recomeço possível.
Se precisar de suporte, a equipe do CITI, está preparada para caminhar com você, passo a passo nesta jornada!