A boa notícia é: sim, é possível pensar na paternidade mesmo após o tratamento oncológico para o câncer de próstata, mas o melhor é que o assunto seja conversado de forma antecipada e cuidadosa.
A próstata é responsável pela produção do líquido que compõe parte do sêmen, nutrindo e transportando os espermatozoides. De acordo com o INCA – Instituto Nacional de Câncer, a estimativa é de novos casos de câncer de próstata no país é de 71.730 (dados de 2022) e, embora o câncer de próstata em si não torne o homem automaticamente infértil, os tratamentos que ele demanda, como cirurgia, radioterapia, hormonioterapia, podem afetar a produção de sêmen ou alterar a via de ejaculação.
No CITI Medicina Reprodutiva, entendemos que o diagnóstico vem acompanhado de medos e incertezas e sabemos que o desejo de ser pai continua sendo legítimo e merece atenção. Por isso, sempre reforçamos a importância da preservação da fertilidade masculina nos pacientes que irão iniciar tratamento oncológico e que têm o desejo de ter filhos no futuro.
Então, o que pode ser feito?
- Avaliação precoce e personalizada: ao receber o diagnóstico, é importante que o homem converse com seu urologista, oncologista e também com um médico especialista em reprodução para entender os impactos — de forma clara e acolhedora.
- Discussão sobre os efeitos dos tratamentos: a cirurgia de próstata pode reduzir ou eliminar o líquido seminal; a radioterapia ou a hormonioterapia podem comprometer a espermatogênese ou a via ejaculatória.
- Criopreservação de sêmen (congelamento de espermatozoides): antes de iniciar o tratamento oncológico, pode-se coletar esperma para armazenagem e utilização futura. Estudos apontam que essa técnica é uma alternativa viável para homens que irão passar por terapias que comprometem a fertilidade.
- Planejamento em conjunto com o oncologista: no CITI, trabalhamos em diálogo com o oncologista do paciente para definir o melhor momento, sem atrasar o tratamento, favorecendo a expectativa de paternidade.
- Alternativas de reprodução assistida no futuro: o sêmen preservado pode ser usado posteriormente em técnicas como inseminação artificial ou fertilização in vitro, se necessário.
Se você está enfrentando um diagnóstico de câncer de próstata e deseja ser pai, saiba que esse desejo permanece válido e que o planejamento reprodutivo faz parte do cuidado com o paciente.
No CITI Medicina Reprodutiva, nossa equipe acolhe suas dúvidas, respeita seus sentimentos e traça, junto com você e seu oncologista, um caminho para que a paternidade seja uma possibilidade real e esperançosa. Entre em contato com a nossa equipe que estaremos ao seu lado nessa jornada.
por
Dra. Eliana Morita
CRM 112.878 SP – RQE 33832