Antes de tentar engravidar, muitas mulheres nem sabem que precisam de um endométrio mais espesso e receptivo para que o embrião se implante, mas quando as tentantes entram no mundo dos tratamento para engravidar é comum que a espessura do endométrio vire assunto recorrente.
Descobrir que o endométrio está fino pode gerar angústia, mas é importante entender cada caso com tranquilidade e informação. Espessuras abaixo de 7 mm — ou abaixo de 6 mm, segundo algumas definições — são classificadas como “endométrio fino” e podem dificultar a implantação do embrião, embora não impeçam a gravidez.
Segundo sociedades respeitadas como a ASRM (American Society for Reproductive Medicine) e a ESHRE (European Society of Human Reproduction and Embryology), a receptividade endometrial é determinante — um endométrio fragilizado pode indicar que a “janela de implantação” não está adequada. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) segue diretrizes similares, reforçando o papel crucial da espessura e da qualidade do endométrio.
Por que isso ocorre?
A causa pode ser multifatorial: uso prolongado de anticoncepcionais hormonais, baixa produção de estrogênio ou progesterona, infecções pélvicas, cirurgias uterinas (como curetagens) ou síndrome de Asherman. Às vezes, não há sintoma — o endométrio fino só é identificado por ultrassonografia transvaginal.
E é possível engravidar?
Sim! Há registros de gravidez mesmo com endométrio menor que 6 mm, embora a paciente possa encontrar dificuldades. Em tratamentos de reprodução assistida, a taxa de implantação cai significativamente — mas muitas pacientes respondem bem quando se ajustam aos protocolos hormonais.
Quais são as principais estratégias para deixar o endométrio receptivo?
- Terapia hormonal com estrogênio e progesterona: o estrogênio estimula o crescimento endometrial, enquanto a progesterona prepara a “janela de implantação”. Protocolos transdérmicos ou combinados tendem a apresentar melhores resultados.
- Vasodilatadores e modificadores do fluxo sanguíneo: uso de aspirina em doses baixas, sildenafil ou pentoxifilina, além de terapias experimentais como infusão intrauterina de G‑CSF, plasma rico em plaquetas (PRP) e também acupuntura, que pode aumentar a vascularização e a receptividade.
- Investigar e tratar causas estruturais ou infecciosas: histeroscopia para remover aderências (como na Síndrome de Asherman) ou tratamento de endometrite, além de exames para microbiota endometrial (como EMMA) e uso do ERA para personalizar o momento ideal da transferência.
Aqui no CITI Medicina Diagnóstica, nossos médicos especialistas em reprodução humana acolhem cada paciente de forma individualizada e oferecem avaliação completa das opções individuais para cada uma.
Nosso principal objetivo é personalizar o cuidado: ouvir com atenção, explicar com clareza e usar a ciência a favor do sonho de engravidar.
Então, nossa resposta é:
Sim, é possível engravidar com endométrio fino — mas a jornada pode exigir ajustes personalizados. Com tecnologia, atenção médica humanizada e protocolos atualizados, muitas pacientes alcançam a gestação com sucesso. Se você está enfrentando esse desafio, conte com nosso apoio especializado e não desista do seu sonho.