“Eu poderia começar a contar esta história, a partir de 2010, quando sofri uma gravidez ectópica e perdi minha trompa direita. Na ocasião, fui tratada por semanas como infecção de urina, até que a infecção estivesse em proporções de me colocar em risco. Foi aí que começou, uma trajetória de perguntas sem respostas.

O que ocasiona a gravidez ectópica em uma mulher de 20 e poucos anos, no auge de sua capacidade reprodutiva e saúde? Nunca me responderam, e eu, como defesa, bloqueei este episódio por quase 15 anos, acreditando apenas na fala do cirurgião de que todo meu aparelho reprodutivo estava preservado, e que tinha sido uma fatalidade.

Em 2020, com quase 2 anos de casada, os incômodos por não conseguir minha tão sonhada gestação atingiram seu auge, e eu então decidi procurar o mesmo médico da minha cirurgia para investigar. E além de ouvir que eu não estava namorando o bastante para me considerar tentante, foi negligenciada a informação de enovelamento de trompas.

A pandemia foi um grande divisor de águas para informações e neste período eu estudei sobre saúde da mulher, constelação familiar, alimentação… fiz regressão, dietas, terapia, exames, muitos exames sem nenhum resultado. E a fala que se repetia: está tudo normal.

Após 2 anos de tratamento para repor hormônios e ajustar vitaminas, ouvi da minha médica: não tenho mais como te ajudar, precisamos de um especialista em infertilidade. E foi neste momento que ouvi pela primeira vez o nome do anjo Dra. Eliana.

Eu tive medo, vergonha, me senti fraca, questionei minha fé e resolvi entregar meu gestar a Deus.

Onze meses depois, em julho de 23, em meio a lágrimas e louvores, clamando a Deus por um sinal, pedindo para que o Espírito Santo falasse comigo, me deparei com um vídeo no qual uma médica, especialista em reprodução humana e fertilidade, com a voz mais doce que já ouvi dizia: “Não espere até ter só 1% de chance. Se os exames estão normais e está tudo bem é esta a hora de agirmos e conquistarmos o tão sonhado positivo”. Era ela, a Dra. Eliana!

Eu então agendei minha primeira consulta no CITI Hinode e até hoje me lembro da sensação de descrença e exaustão, que certamente transparecem em minha foto de cadastro. Mas foi neste momento que eu fui vista, acolhida, abraçada.

Nos 6 meses que se seguiram, consegui algumas respostas! Diagnóstico de endometriose, alívio nas dores, alívio na alma. Em todas as etapas do processo, recebi o colo que nunca tive, abraços que reconheciam a dor, a solidão e o silêncio da trajetória.

Hoje, escrevo com meu milagre no ventre, vivendo a promessa de Deus na minha vida. Sei que nunca vou encontrar palavras para agradecer, enaltecer e honrar as mulheres que seguraram minha mão.

Eu fugi dos padrões que a sociedade estabelece como uma mulher com problemas de fertilidade. Não tenho 40 anos, não tenho baixa reserva ovariana, não tenho exames alterados… E por isso acredito que fui invisibilizada por tantos anos, por médicos que não estão preparados para ouvir.

Eu espero que este relato chegue em mulheres que já são mães de coração e que merecem ter também seus filhos nos braços. Não importa o que os médicos digam, se seu coração te diz que tem algo errado, busque!

Eu espero que a obra desta clínica seja cada dia mais e mais e mais grandiosa. Eu procurei por médicos e encontrei uma família. Encontrei amor, empatia, acolhimento.

Ao meu anjo Dra. Eliana, à Dra. Amanda (a madrinha das minhas bolinhas)
À Ray, Cinthia, Bruna, Diana, Rafaela, Dra. Raquel, Dra. Grazi, Dr. Alexandre, Dra. Mary, Paty e todos que não pude abraçar e olhar nos olhos por estarem trabalhando em silêncio, eu devo a vocês minha vida!

Minha filha vai saber da história dela, vai saber a quantidade de anjos que nos ajudaram neste reencontro.

Eu amo a vida de cada um de vocês, oro e celebro a missão que aceitaram viver. E estarei sempre aqui, para o que eu puder ajudar e ser uma sementinha de luz para que o CITI Hinode chegue a cada família que sonha.

Antes de vocês eu ouvia que era ansiosa, hoje ouço agradecimentos pela coragem, por não desistir e só foi possível pois eram vocês!

Acreditem, eu também achei que o mais difícil era começar, chegar a uma clínica de infertilidade, mas não, o dia mais difícil do processo foi ouvir: você está de alta, gravidinha!

Sentimos falta de vocês todos os dias.”

 

História contata por paciente do CITI Hinode, que autorizou a publicação em nosso site com o objetivo de incentivar outras famílias a terem resiliência, esperança e força para seguirem em frente até a realização do sonho da maternidade

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