“Eu desejo de coração que a minha história possa dar esperança a muitas mulheres que, como eu, têm o sonho de ser mãe, porque nem sempre este caminho é algo fácil.
Minha história começa quando eu tinha 35 anos, seis meses de casada e estava grávida. Que felicidade a minha quando peguei o exame positivo! Era uma felicidade que não cabia no peito, mas no decorrer do tempo tudo se transformou em tristeza porque descobri que meu bebê estava na trompa, era uma gravidez ectópica.
Passei por todo um processo bem triste até o diagnóstico e depois a cirurgia para retirar o feto e a trompa que perdi. Segui o conselho do meu ginecologista para procurar uma clínica de reprodução, afinal perdi uma trompa e tinha 35 anos, nada ao meu favor.
Fui para uma clínica e tentei engravidar por inseminação artificial e consegui, mas… sofri cinco novas perdas. Foi um período muito difícil, entretanto a minha esperança e o sonho de ter um filho eram enormes, o que me fazia sempre tentar outra vez. Perdi a conta de quantas histeroscopias diagnósticas eu fiz, e cirúrgicas também.
Tive duas perdas que me marcaram muito. Uma menina com 19 semanas que eu já tinha colocado o nome de Sarah e outra de 22 semanas.
Foi muito difícil… descobri a incompetência do colo do útero, perdi minha filha mas mesmo assim não pensei em desistir. Tive outros abortos, talvez pela qualidade dos óvulos. Sei que foram cinco perdas, sendo duas tardias.
Na perda do meu bebê de 22 semanas eu estava cerclada e em repouso, quando fui fazer um ultrassom para saber o sexo o meu bebê não tinha mais vida e lá se foi mais um sonho e tive que viver outro luto.
Desta vez, na minha quinta gestação, algo mudou dentro de mim. Eu não queria mais tentar pelo medo de perder. Neste processo foram muitas lágrimas, muitas orações, sempre tive o apoio do meu marido que mesmo sofrendo estava sempre ao meu lado e me lembrando que Deus ia abençoar. Meu enfermeiro, meu companheiro. Enfrentei dois partos naturais e ele sempre ao meu lado.
Ele sempre teve o sonho de ser pai e confesso que mantinha a chama acesa no meu coração, porque ele merecia demais um bebê. Era o sonho dele também e estávamos sempre juntos nesta caminhada.
Um dia encontrei um depoimento de uma moça que teve seu filho após os 50 anos e fiquei curiosa. Entrei em contato com a Claudia e ela me falou do CITI Hinode. Marquei uma consulta e tinha decidido que seria minha última tentativa.
Ao chegar fui bem acolhida já no meu primeiro contato e fui encaminhada para Dra Raquel. Contei a minha história e começamos a tratar e investigar. Foram muitos exames, vitaminas e medicações. Eu acho que nenhuma palavra que possa escrever aqui vai conseguir traduzir como foi importante, como eu fui acolhida, tratada e cuidada pela Dra Raquel.
Descobrimos adenomiose, trombofilia e decidimos ir para a fertilização in vitro, mesmo meu útero já tão sofrido de procedimentos anteriores. A Dra me acompanhou com tanto comprometimento, profissionalismo e, acima de tudo, tanta humanidade, ela realmente se importou comigo. Eu me senti segura para tentar mais uma vez e, por causa da minha idade, 45 anos, escolhemos fazer a fertilização com ovodoação. Embora tenha sido uma escolha delicada, entendi que foi a minha melhor escolha.
Minha primeira tentativa deu negativo, fiz uma segunda tentativa e deu positivo. Então comecei uma nova luta pra ter nosso bebê no colo.
Minha gestação foi muito delicada, Dra Raquel fez a cerclagem e esteve sempre do meu lado, eu passava em consulta toda semana.
Quando cheguei próximo às 19, 20 semanas o que segurava a bebê no útero era o ponto da cerclagem, então fui internada para passar minha gestação no hospital até ela nascer. Foram 4 meses de internação, 4 meses deitada e durante todo este tempo fui cuidada pelo pessoal na Pro Matre e sempre em contato com a Dra Raquel. Eu falava com ela todos os dias.
Esther nasceu com 37 semanas e cinco dias, meu maior presente, minha alegria, eu sou cheia de gratidão à Dra Raquel e a todos da clínica. Dra Eliana também estava no meu parto. Foi um momento delicado pra mim, mas elas fizeram parecer muito mais seguro, pois eu não estava sozinha. O anestesista Dr Alexandre cuidou de mim no parto com paciência, conversando comigo o tempo todo. Eu só tenho a agradecer, meu coração é só gratidão.
Antes de dar certo, deu errado. Muito errado. Você se desespera, acha que vai enlouquecer, perde a noção. E aí finalmente a felicidade chega, se você um dia se cansar aprenda a descansar, nunca a desistir.”
História contata por paciente do CITI Hinode, que autorizou a publicação em nosso site com o objetivo de incentivar outras famílias a terem resiliência, esperança e força para seguirem em frente até a realização do sonho da maternidade